27. A FAMÍLIA JACKSON
CAPÍTULO VINTE E SETE
❛ a família jackson ❜
Obs: Quando eles falam em itálico, estão se comunicando por meio de linguagem de sinais.
POV PERCY
SENTI A ALEGRIA voltar ao meu corpo, continuei abraçando Asteria com todas as minhas forças.
Eu dei beijos repetidos em sua cabeça e bochechas, fazendo-a rir porque fazia cócegas nela.
— Você está bem? Você não está machucada? — pergunto a ela e abraço ela de novo. — E Fulker?
Eu sei que não fazia tanto tempo, mas para mim parecia que já haviam se passado mil anos e eu não queria mais me separar dela.
— Hades é legal, ele é meu pai e seu também. — ela me conta e eu dou uma risada do que ela me contou. — E Fulker diz que está me esperando no acampamento, que não gosta desse lugar.
— Semideuses, estou falando com vocês! — ouço a voz de Zeus por trás e reviro os olhos.
— Você se importa, estamos no meio de uma conversa, você não sabe boas maneiras? — eu pergunto.
Eu vi como o olhar do Deus ficou furioso mas Poseidon disse algo para ele, fazendo-o sair do local com raiva, mas antes de sair ele falou.
— Você deve deixar, mas primeiro vocês devem saber que sua mãe voltou. — ele fala conosco e Asteria olha para mim.
— Mãe? — nós dois perguntamos ao mesmo tempo.
— Vocês vão encontrá-la em casa, Hades a mandou de volta depois que você recuperou o elmo dele. — ela responde e eu abro os olhos.
Meu coração batia descontroladamente, eu não conseguia acreditar.
Eu queria perguntar ao Poseidon se ele queria vir conosco vê-la, mas então pensei sobre isso e percebi que seria algo estúpido, não consigo imaginar esse Deus em um táxi em Manhattan.
Asteria viu Zeus partir. — O quanto eu gosto daquele homem.
Eu ri por um momento antes de olhar para o homem que era nosso pai.
— Quando vocês retornarem, terão que tomar uma decisão importante... Haverá um pacote na cama esperando por vocês. — ele nos conta.
— Um pacote? — eu pergunto.
— Vocês verão quando chegarem em casa, ninguém pode decidir seu destino, só você. — ele nos diz.
Balancei a cabeça embora não soubesse muito ao que ele se referia e peguei Asteria nos braços, queria tê-la perto de mim.
— Sua mãe... É uma rainha entre as mulheres. — Poseidon nos diz melancolicamente. — Eu não conheci outra mortal como ela em mil anos. Mesmo assim, lamento que vocês tenham nascido, crianças, lhes dei um destino de heróis e nunca são feliz, costuma ser trágico em todas as ocasiões.
— Lamenta isso. — Asteria diz quando vejo que ela mostra o dedo médio com raiva. — Não somos como o resto e é por isso que seremos felizes porque estamos juntos... Não é graças a você, isso com certeza.
Eu não conseguia acreditar que minha irmã de seis anos estava sendo muito mais madura que eu nesse assunto, tive vontade de chorar porque tinha acabado de ouvir meu pai dizer que foi um erro.
Achei que talvez pudesse ser um erro, mas como poderia dizer que Asteria foi um erro?
Ela é literalmente a melhor coisa que já nos aconteceu, ela é uma menina doce e boa e não merece um pai assim.
No final das contas, no fundo tenho que admitir que Hades é um pai melhor para Asteria.
Tirei Asteria dos braços porque precisava contar algumas coisas ao meu pai.
— Você foi embora... Você nos deixou sozinhos. — eu comecei. — Sua "família perfeita" se foi. — eu falei com raiva e tentei segurar as lágrimas. — E eu.... Eu tinha que ser muito mais que um irmão. — eu disse olhando para Asteria que estava ao meu lado. — Eu tinha que ser um pai para ela, aquele que você nunca foi só para poder protegê-la... E isso não foi justo, não me senti capaz mas fiz isso porque família é isso que faz... Ela te ama e te protege.
Asteria pegou minha mão tentando me dar apoio.
— Você e seu destino foram um erro imperdoável meu. — ele me diz.
— Bem, agora você terá que aprender a conviver com seus erros como todo mundo faz... Porque nem os deuses são perfeitos. — digo com raiva. — Estamos indo embora, nossa verdadeira família está nos esperando..
Eu pego Asteria em meus braços. — Eu não gosto de você, até Hades tem sido meu pai melhor que você. — Asteria diz a ele sem remorso. — Você não é melhor que Cronos, nenhum de vocês são...
Estamos saindo de lá porque sei que deixasse Astetia continuar, isso causará uma guerra.
Pegamos um táxi até o apartamento da mamãe, toquei a campainha e lá estava ela, nossa linda mãe
Nós dois a abraçamos. — Oh meus filhos, graças a Deus vocês estão bem.
Ela colocou beijos em nossas cabeças nos fazendo sorrir.
Ela nos disse que não se lembrava de nada depois do minotauro e mencionou Gabe algumas vezes.
Gabe a colocou para trabalhar porque, segundo ele, ela tinha um salário para pagar.
Asteria foi atenciosa. — Um pacote do Olímpio.
Ela me olhou por um segundo e correu em direção ao meu quarto muito rápido e quando eu ia segui-la.
Ah não, eu tinha que ver esse personagem.
Ele começou a me chamar de tudo, criminoso, verme, monstro e mais algumas coisas e tentou me expulsar da minha própria casa dizendo que chamaria a polícia enquanto seus dois amigos tão gordos quanto ele apenas riam.
Ele ergueu a mão e minha mãe se encolheu.
A raiva tomou conta de mim e então percebi, Gabe tinha batido na minha mãe, não sei como, quando, mas ele estava fazendo isso. Talvez até quando eu não estava lá. A raiva se espalhou pelo meu peito, mas mamãe me chamou, me levando para o quarto.
Asteria estava no meu quarto, onde minha mãe e eu entramos e nós duas olhamos para o mesmo pacote que tinha o formato de uma bola de basquete.
Era o pacote do Olímpio e Asteria e eu nos entreolhamos.
— Medusa. — sussurramos e aparentemente pensamos o mesmo.
— Mãe, você quer que Gabe desapareça?
— Crianças, não é tão fácil.
— Sim ou não? — Asteria pergunta porque aparentemente nós dois tivemos a mesma ideia e sorrimos.
— Sim, Percy, mas quem tem que fazer isso sou eu, vocês não podem fazer isso por mim. — ela responde a nós.
— Eu peço para fazer isso, estou esperando para fazer isso há muito tempo. — ela responde pegando a caixa e a mãe a interrompe.
— Não, Asteria, você não pode. — a mãe diz a ela.
— Posso sim, uma olhada aqui e acabou. — diz minha irmã saindo da caixa. — Puff.
Mamãe conversou comigo e Asteria ficou parada até suspirar.
— Deixo a caixa aqui... — Asteria começa e eu a vejo pegar uma câmera polaroid que ela tinha escondida em uma gaveta.
— Onde vocês estão indo? — mamãe nos pergunta.
— Para o acampamento meio-sangue. — eu respondo.
— Para o verão ou... — ela ia continuar, mas dou de ombros
— Isso depende. — respondo algo mais sério.
Nós três nos entreolhamos como se tivéssemos chegado a um acordo e ela beijou nossas testas.
— Vocês serão heróis, meus filhos. — ela nos diz. — Os maiores heróis de todos.
Olhei de volta para a sala e minha mãe nos acompanhou até a porta da frente.
— Você já está enlouquecendo. — Gabe gritou para nós por trás. — Até mais!
Asteria se aproxima da sala por um momento com a câmera e tira uma foto de Gabe.
— Por que isso, pirralha? — ele pergunta e Asteria sorri sinistramente para ele.
— Ah, é só a foto da sua lápide fúnebre. — ela responde sorrindo para mim. — Algo me diz que será muito em breve.
Asteria vem comigo quando ouço Gabe gritando com mamãe novamente.
— Sally! — ele grita com ela. — O que há de errado com aquele bolo de carne?
— O bolo de carne estará aqui em um momento. — ela responde. — Bolo de carne com surpresa
Ela olhou para nós dois e piscou.
E a última coisa que vimos foi nossa mãe olhando para Gabe como se avaliasse como ele ficaria parecido com uma estátua no jardim.
— O que você vai fazer com essa foto? — pergunto a minha irmã.
— Bem... Eu vou fazer a reputação de Gabe despencar... Mostrando como ele é mesmo estando morto, isso não é punição suficiente. — ela me diz me dando um sorriso. — Porque quem faria isso? Não acreditar em uma pobre garota assustada com o monstro do padrasto?
Entendi o que ela disse e me ofereci para ajudá-la, queria estar presente quando tudo acontecesse.
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